segunda-feira, 11 de maio de 2009

NÁO À TURQUIA NA EUROPA

A Turquia tem, desde o séc. XII/XIII uma cultura oposta à europeia. Com excepção de uma pequena minoria urbana mais esclarecida, a quase totalidade da população turca é inimiga dos valores e das aspirações europeias.
Se queremos um membro que culturalmente não tem nada que o ligue à Europa, antes pelo contrário, então precisamos da Turquia.
Se queremos uma auto-estrada para a droga, uma porta de entrada para o terrorismo e um refúgio para os terroristas, então precisamos da Turquia.
Se não me engano a Turquia passaria a ser o país mais populoso da EU. Imaginem ao que isso corresponderia em termos de equilíbrio de poderes e estabilidade.
Portugal sairia fortemente prejudicado porque com as mudanças do «Tratado de Lisboa» circunscrevendo muitísimo o direito de veto, os países pequenos e médios sairão ainda mais subjugados.
E se entra a Turquia, porque não Israel, que até já participa no concurso da Eurovisão e em alguns campeonatos europeus, como é o caso do de basquetebol? Ou porque não Marrocos ou a Argélia, que estão do lado de lá do Mediterrâneo e têm ligações à cultura europeia?
A Turquia nem sequer fica na Europa (com excepção do pequeno pedaço de Istambul). Se a Turquia entrasse, a Europa passaria a ter fronteira com países como o Iraque, o Irão, a Síria e a Arménia. Queremos estes «vizinhos»? (livra!!!)
Se a Turquia entrasse, herdaríamos no território europeu o problema do Curdistão.
Cavaco fala no assunto para fazer um frete aos americanos, os únicos verdadeiramente interessados na entrada da Turquia na EU.
Por tudo isto (e por muitas outras razões), ao contrário do que diz Cavaco, não precisamos da Turquia na Europa para nada.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vital e Gepetto ou pensemos um pouco…


Que fique bem claro que acho lamentável que alguém seja agredido por que motivo for. Não haja portanto dúvidas sobre isto.
Mas pensemos um pouco. A manifestação era organizada pela CGTP. Que todos sabemos que tendência tem. Era capitaneada por Carvalho da Silva, que todos sabemos o que pensa e como pensa. Congregava milhares de trabalhadores naturalmente descontentes com a situação económica e laboral do país e imputando tendencialmente a culpa ao PS.
Por outro lado, Vital Moreira é candidato pelo PS, grande defensor e branqueador de Sócrates. Logo era bom de ver como os trabalhadores o receberiam. Vital Moreira é também um ex-comunista, e sabemos o que a esquerda PCPista pensa dos ex-comunistas.
Assim sendo, o que foi Vital Moreira fazer à manif? Apagar fogo com gasolina? Não, com gasolina ateia-se o fogo. Vital foi nitidamente para provocar. Aliás, a quem aproveitou toda esta encenação?
Ainda julgarão os maquiavélicos estrategas rosas que todo o país é parvo? O que é preciso é deixar a poeira assentar e pensar pela nossa cabeça.
Já agora, vejam como afinal ao contrário do que dizem não é Vital que é um produto de Sócrates mas sim o Pinóquio que é produto do Gepetto. («Roubado» aqui).

Lixo, corrupção e falta de vergonha


Acabei de ver na TVI uma excelente reportagem sobre o escândalo da Central de Compostagem da Cova da Beira, que quer aquela estação de televisão quer outros órgãos de comunicação já tinham abordado mas, como é óbvio, sem a profundidade e sem a investigação que esta peça hoje revelou.
Foram entrevistadas várias pessoas, algumas com uma notória falta de vergonha como o procurador do MP que negou o pedido da PJ para uma busca à casa de Sócrates. Falta de vergonha revelou também a Procuradoria Geral da República ao responder à questão «Porque é que o processo esteve um ano na secretária de um procurador sem um único acto processual» com um lacónico e absurdo «São questões de processo que só podem ser tratadas internamente». Como se não fossemos nós, sempre nós, a pagar os milhões mal gastos, fora as luvas e outras prebendas. E concerteza teremos ainda que pagar a devolução do dinheiro que Bruxelas já reclama.
Se Portugal fosse de facto o tal «estado de direito» que se apregoa, havia já uma conferência de imprensa a anunciar várias demissões, entre as quais a do pinóquio/lobo mau, disfarçado de capuchinho rosa...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A «mulher de Mário»

Mário «César» Gouveia


Não pensem que o título tem algo a ver com as ditas. Isto é (caramba... por onde me meti...) não falo aqui em nenhuma mulher de nenhum Mário. Este início titubeante quer apenas tornar local um trocadilho universal - À mulher de César não basta ser séria, é preciso parecer séria. E o Mário é, neste caso, o meu Amigo Mário Gouveia.


É que, dadas algumas vicissitudes, tenho andado nas últimas semanas algo arredado das políticas cá do burgo. E, por isso, chego algo atrasado a esta discussão sobre a famosa carta da putativa sucessora de Gouveia em Milheirós.


Por isso mesmo entro nesta troca de impressões com uma questão, muito simples, mas que para mim, que não vi a dita epístola, é fundamental - afinal ela foi ou não escrita em papel timbrado da Junta de Freguesia de Milheirós?


Se não foi, não vejo nada de mal na coisa em si,embora, como não li a carta, não saiba sequer se está bem escrita. (Já agora, Mário, seria muita maçada fazer-me chegar um exemplar?). Se foi escrita em papel timbrado da Junta, aí a porca torce de facto o rabo, pois é bem possível que a freguesia, mesmo tendo em linha de conta a «poupança em tempo e crise» (ironia de MNN), não encare bem o feito.


Voltando ao título deste post, à pessoa em questão não basta ser sério, é preciso parecê-lo. Sobretudo neste mundo em que muitas das vezes as aparências valem mais do que a realidade.

O Centralismo Salazarento no Futebol

Com a aproximação da final da Taça de Portugal, e ainda por cima com dois finalistas do Norte, volta a questionar-se a fórmula de disputa da final daquele troféu. As «vozes do costume», centralistas, bafientas, salazarentas, pré-25 de Abril, por entre rugidos e pios, defendem o Estádio Nacional, vulgo Estádio Municipal de Oeiras, como palco do jogo decisivo. Argumento? Porque é costume. Porque é a capital.
Primeiro, o costume só faz lei na falta de melhor. E lembro-me bem de já por várias vezes a final da taça ter tido outros cenários. Portanto este argumento não colhe. Depois, não é na capital, porque Oeiras não é Lisboa. Vão dizer a Matosinhos ou a Gondomar que são território portuense e verão a resposta que levam. Logo também este argumento cai pela base.
Aliás, porque carga de água só a capital tem direito a «festa»? Ou não dizem que a taça é a «festa do futebol»? Não bastou já que durante 48 anos fosse assim, com um único estádio e praticamente um único clube? Não foi para isso que se deu o 25 de Abril? Não é preocupação do Prof. Cavaco fazer Presidências Abertas, que aliásforam inventadas, creio eu, por Mário Soares, e que o Governo procura também seguir?
Para mim era fácil. Tomava um mapa de Portugal, incluindo Açores e Madeira, claro. Excluía dele o eixo Braga/Guimarães – Porto – Coimbra/Aveiro – Leiria – Lisboa – Setúbal. Fazia um levantamento exaustivo dos recintos de futebol que, no resto do País, tivessem condições de segurança e determinava, quiçá por sorteio, onde seriam as próximas finais. E teríamos certamente para vários anos. E aí sim, todo o País, sobretudo aquele que não está habituado à «alta roda» (alta roda é favor…), poderia beneficiar da «festa do futebol».

domingo, 26 de abril de 2009

És uma besta


Algumas intervenções na blogosfera, pela falta de nível, de categoria, de chá, de educação, de tudo, só merecem que ao seu autor, ou autora, se diga, do mesmo modo que intitulei este post: «és uma besta». Esta intervenção da socrática câncio é uma delas. Mas outra coisa não seria de esperar vindo de quem vem.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Nojento!!!

Que não morram de amores pelo Porto, é lá com eles. Mas Informação, Jornalismo, Profissionalismo, Isenção, Ética, são palavras que não existem n’O Record.
Veja-se a capa de hoje, depois de o Porto ter feito o resultado que fez em Old Trafford.
Mas compara-se a importância desse feito à trampa do Quique Flores, verdadeiro analfabeto futebolístico, ou ao desnorteado acéfalo e esvaziado Benfica, cujos adeptos, órfãos de directores competentes há muitos anos, penosamente vêem arrastar-se os jogadores pelos relvados? É isto objectividade? Isenção? Profissionalimo? É isto sequer Jornalismo? Informação?
Não, é pura e simplesmente nojento…

Vozes de burros…


Manuel Fernandes, com um passado de trabalho, de correcção e de honestidade, transfigurou-se quando passou para o outro lado do relvado.
Mourejando num clube da 2ª liga, resolve de vez em quando arrotar postas de pescada, quiçá para ser notado.
A última foi verdadeiramente de caixão à cova. Vem n’O Jogo de hoje e reza assim: «Comigo na selecção era o Liedson e mais 10». Nem mais.
Por estas e por outras é que ele está num clube da 2ª e não na Primeira Liga. Muito menos na selecção, onde espero que nunca esteja, pois ou é aldrabão e não pensa o que disse, ou pensa de facto o que disse e não está bonzinho da cabeça.
Enfim, como diz o povo, vozes de burros não bradam ao céu…

domingo, 29 de março de 2009

Um espectáculo fabuloso


Assisti ontem a um espectáculo fabuloso.

No Coliseu, evocando a 2ª Invasão Francesa, uma encomenda da Câmara Municipal do Porto e do Prof. Valente de Oliveira ao Cónego Ferreira dos Santos.
Na primeira parte, a Suite «l'Arlesienne» de Bizet foi «aperitivo» de grande qualidade, produzindo o efeito desejado – a preparação para o prato forte.
Este era um Poema Coral Sinfónico, intitulado «Portugal». Ferreira dos Santos «agarrou» Fernando Pessoa e construiu uma obra fabulosa, em três partes – uma trágica, outra lírica, e a final, heróica.
A batuta era a do mestro Cesário Costa com uma prestação espectacular, misto de segurança e enorme entusiasmo (como deve estar orgulhoso o meu Amigo Francisco Barbosa da Costa, seu Pai). Ele interiorizou completamente as notas de Ferreira dos Santos, como se suas fossem, e conduziu as centenas de pessoas que estavam sob o seu comando com enorme mestria. Parecia que o unia aos músicos e aos coralistas uma teia de fios invisíveis.
Porque havemos de ir sempre buscar maestros ao estrangeiro quando os temos cá tão bons ou melhores? Por simples parolismo? Por bacoquice? Porque não sucedeu Cesário Costa a Marc Tardue?
Em palco um coral constituído pelo Círculo Portuense de Ópera e pelo Coro Polifónico da Lapa e uma Orquestra oriunda da Orquestra Clássica de Espinho e da Banda Sinfónica Portuguesa. Nas alas laterais do Coliseu, 20 coros do Porto e Gaia. Nas frisas, a secção de metais. Ao todo 700 pessoas.
Júlio Couto, antes de cada parte, recitava um poema, como só ele sabe fazer.
Voltarei a este assunto porque a peça de Ferreira dos Santos o merece.
Sempre vos direi que se tratou de um espectáculo virtualmente irrepetível e que por isso me sinto um enorme privilegiado.

Pela boca morre o Queirós

Ri de quê?


Sobre Carlos Queirós (porque é que insistem em Queiroz como o Eça?) já escrevi muitas vezes sempre o mesmo. Considero que ele pode perceber de estatísticas, pode ler muitos livros, pode falar mais ou menos bem, mas de futebol no campo não percebe nada. Foi campeão do mundo porque soube não estragar o trabalho que então dois clubes (FCP e SCP) desenvolveram, criando duas equipas juniores fabulosas. De resto, nunca provou nada em lado nenhum. Nem no Manchester, onde se limitou a ser um criado do verdadeiro artista Ferguson.
Esta semana, antes de um jogo deciivo, e depois e mais uma prestação fraca, vai de dizer que 2009 será o ano da selecção. Uns dias depois, ontem, empatamos com a Suécia. Desculpa-se com o azar. Vieira de Carvalho dizia que só os néscios acreditavam no azar e na sorte. Eu digo que como o peixe o néscio do Queirós morre pela boca. Já lá diz o povo – o calado é o melhor.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Mário Machado, a investigação e a justiça

Que fique bem claro, detesto Skinheads e Mários Machados que, além do mais, se dizem nacionalistas sem saber o que isso é.
Posto isto vamos à questão. Mário Machado foi detido, sob acusação de, e cito o Diário do Governo, perdão, Diário de Notícias: «um disparo a tiro contra a perna de um indíviduo dos "Hells Angels", embora este último, segundo o causídico, negue os factos e não tenha apresentado queixa contra o líder nacionalista».
Várias coisas me fazem torcer o nariz a esta detenção e às suas circunstâncias. Pelo que se depreende da notícia, o homem foi preso ontem às treze horas e terá sido ouvido hoje às dez. Não havia hipótese de o ouvir ontem durante toda a tarde? E como é que se prende alguém e só várias horas (até já ouvi falar em seis) é que ao advogado é comunicado o facto, mesmo assim sem lhe dizerem qual a acusação? E se não houve queixa, como é que o alegado caso está a ser investigado? Não haverá casos bem mais graves e realmente importantes (corrupção, grande criminalidade) onde realmente todos somos queixosos e todos somos prejudicados que mereçam o esforço da PJ que sempre se queixa de falta de meios? Quem é que prioriza o que deve (e pode) ou não deve (ou não pode) ser investigado?
Claro que tudo isto me faz ainda mais torcer o nariz depois de saber que Mário Machado terá divulgado diversos documentos altamente comprometedores para o já célebre tio de Sócrates, ligando-o a milhões de euros, a off-shores, etc., sem ter sido inclusive desmentido pelo banco que aí é citado.
Destes socráticos já tudo se espera e, por isso, já de tudo se desconfia.
Que raio de País este com tão má investigação, tão má justiça e tão má orientação de ambas…

MEMÓRIAS DE UMA MAIA DE OUTROS TEMPOS - Moreira (3)

Moinhos no Rio Leça


Localização original da Capela dos Passos, no Padrão de Moreira

Saramago e estrabismo

Saramago (caricatura «picada» daqui) continua a «tresler», como por aqui na Maia se dizia. O seu estrabismo político é notório. Não sei se os seus óculos são comprados em Penafiel, mas que parecem, lá isso parecem.
No seu «Caderno de Saramago» publica textos amavelmente reproduzidos no Diário do Governo, perdão, Diário de Lisboa.
Um dos últimos, intitulado «A democracia num táxi», destilava ódios antigos contra Berlusconi, sob a capa de uma certa diminuição de Democracia por uma das suas propostas que visaria agilizar processos na Assembleia.
Depois de tiradas pseudo-irónicas de mau gosto, que tão bem assentavam a ele próprio, Saramago tem pérolas literárias como : «Os representantes dos maiores partidos, três ou quatro, digamos, reunir-se-iam num táxi a caminho de um restaurante onde, ao redor de uma boa refeição, tomariam as decisões pertinentes. Atrás de si teriam levado, mas deslocando-se em bicicleta, os representantes dos partidos menores, que comeriam ao balcão, no caso de o haver, ou numa cafetaria das imediações. Nada mais democrático. De caminho poderia mesmo começar a pensar-se em liquidar esses imponentes, arrogantes e pretensiosos edifícios denominados parlamentos e senados, fontes de contínuas discussões e de elevadas despesas que não aproveitam ao povo».
Semprepretendendo ser irónico, Saramago torna-se patético.
É que, curiosamente, não me lembro de ver Saramago ironizar com a falta de democracia representativa na sua amada Cuba. Ou na antiga União Soviética. Ou na Coreia do Norte. Não me lembro nunca de o ter visto criticar Estalie ou verberar contra a ditadura do proletariado. Nem me lembro, e isto é bem recente, de o ver criticar os desejos totalitários de Hugo Chávez, querendo eternizar-se, pelo voto «popular», na cadeira do poder.
Mas, claro, quando se é vesgo, vê-se uma coisa por um olho e outra por outro…

sábado, 21 de fevereiro de 2009

PINÓCRATES - O SEU A SEU DONO


Querem alguns meios de comunicação social, no sentido de denegrir o cartaz da JSD, que a ideia do «Pinócrates» foi copiada de um certo cartaz do Bloco de Esquerda da Madeira representando Brazão de Castro, secretário regional dos Recursos Humanos, nos inícios de Agosto de 2008. Não é verdade. Alusões a personagens tidos como «petistas», «mentirosos», «aldrabões», etc., e representando essas personagen com o enorme nariz do Pinóquio são já bem antigas. Mas gosto sempre de lembrar aquela que vi, de Sócrates/Pinóquio, no Carrapato, já nos finais de Outubro de 2006. É que a imagem ilustrava uma história bem curiosa, que reproduzo quase ipsis verbis com a devida vénia:

A Branca de Neve, a Bruxa Má e o Pinóquio encontram-se na floresta.
- Sou a mais linda do mundo ! – diz a Branca de Neve.
- Sou a mais feia do mundo ! – diz a Bruxa.
- Sou o maior mentiroso do mundo ! – diz o Pinóquio.
Então entram, um de cada vez, na Grande Caverna, para falarem com o Sábio da Floresta, dono do espelho mágico da verdade.
A Branca de Neve entra e sai muito feliz: - sou mesmo a mais linda do munco, diz!
A Bruxa entra a seguir e sai toda sorridente: - sou mesmo a mais feia do mundo, exclama!
Pinóquio entra em último, sai furioso e pergunta gritando: raios partam!!! Quem é o Sócrates????,

Um deserto com um mar de gente...


Ontem viajei até Trás os Montes.
Veio-me imediatamente à memória que, há pouco mais de dois meses, fiz a auto-estrada da Beira Interior. Desde um pouco antes de Castelo Branco até à Guarda passei, ou passaram por mim uma meia dúzia de carros. Não chegaram, de certeza a uma dúzia.
Ontem, para Trás os Montes, depois da auto-estrada até Amarante, que se faz tão bem, tive pela frente uma via-sacra sofridíssima até Bragança. Os veículos com que me cruzei, que ultrapassei ou que me ultrapassaram, foram centenas. Provavelmente mais de um milhar. E Trás os Montes não tem auto-estrada.
Porcaria de governantes que fazem obras onde não há utilizadores e não fazem onde os há.


Portugal é um deserto (de governantes inteligentes) com um mar de gente (nós, os governados, que começamos a fartar-nos...)!!!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

MEMÓRIAS DE UMA MAIA DE OUTROS TEMPOS - Moreira (2)

Pedras Rubras em duas imagens históricas - do «campo da aviação» ao «aeroporto»

Sócrates e a «triagem de Manchester»

A triagem de Manchester é um sistema de gestão de atendimentos urgentes hospitalares, que compreende uma priorização efectuada por critérios técnicos de gravidade, procurando oferecer um acolhimento mais justo e adequado ao caso específico de cada utente. O sistema foi aplicado pela primeira vez na cidade de Manchester em 1997, de onde tomou o nome. A eficácia desta estratégia cedo se verificou, tendo sido adoptada por vários hospitais do Reino Unido e, em Portugal, em 2000, tem como pioneiro o Hospital de Geral de Santo António.
Pois bem, se a socretina figura do Primeiro Ministro aplicasse às suas prioridades políticas a triagem de Manchester, a sua «campanha eleitoral» para uma eleição onde concorria sozinho, e que, espanto dos espantos, ganhou, seria diferente. E seria também diferente a agenda política a propor para os próximos tempos.
O casamento de homossexuais vai resolver a crise económica? A eutanásia vai resolver os problemas sociais? São estas as questões que vão devolver aos portugueses a esperança?
Há bem pouco tempo, quando ainda era possível manter o embuste de uma «boa governação socialista», nenhum destes assuntos era prioridade para Sócrates. Agora, que cairam as máscaras, que o desgoverno está à vista, que o passo em direcção ao abismo foi dado, que a arrogância e o autismo dão lugar à vitimização e ao sacudir da água do capote, que já não é possível manter o embuste, há que arranjar coisas sem importância para parecerem importantes, porque as verdadeiremnte importantes não só não as conseguiram resolver como ainda as agravaram. Por pura incompetência.
Que fazer então? Atirar-nos terra para os olhos. Estabelecer uma cortina de fumo. Esconder, uma vez mais a verdade. E assim, estas questões de somenos aparecem como «fundamentais» e «prioritárias».
Pobre País que tais governantes tem…

Válter Lemos e o crematório

Acabei de ver na TVI a reportagem Um Grau de Diferença, focando a situação de crianças deficientes no ensino. Sou muito céptico em relação à designada «integração». Acho que, em grande parte dos casos, não só é contrária ao objectivo de aprendizagem da criança diferente, como serve, isso sim, para que a criança fique ainda mais traumatizada, por consciência das suas «diferenças», grande parte elas transformadas em limitações.
Se fosse pai de uma criança deficiente quereria exactamente o mesmo que quero para o meu filho: o melhor possível. Que aprenda o mais e o melhor possível, que lhe disponibilizem o máximo possível de ferramentas disponíveis para o seu nível mental, que seja feliz.
Creio que isto nunca poderá acontecer numa escola «inclusiva» à força, em que os agentes não têm preparação (ao contrário do que diz o governo), em que não há espaços próprios, e em que há ritmos de ensino/aprendizagem muito diversos, sendo uma injustiça para os outros que esses ritmos baixem significativamente. Por outro lado, o jovem deficiente ao confrontar-se com as suas limitações pode, numa idade extremamente difícil e em que se vão ganhando pontos de referência para uma vida futura, ficar profundamente traumatizado pela sua «diferença».
Claro que para muitos pais a pública «escola inclusiva» é o ideal porque poupam muito dinheiro e livram-se na mesma do filho umas horas por dia.
Mas para aqueles pais que pensam pela sua cabeça, e que verdadeiramente se importam com os filhos, há que meditar seriamente no que será melhor para eles. Seria bom para os nossos atletas paralímpicos pô-los a competir com os nossos olímpicos? Sentir-se-iam realizados? Tenho a certeza que não. E a vida é uma constante competição.

De todo o modo na reportagem revoltou-me, enojou-me, ver uma vez mais o que este governo está a fazer pelos seus cidadãos. Revoltou-me, enojou-me, ver o careto nédio e lustroso de Válter Lemos completamente encostado à parede pela jornalista, afundando-se mais de cada vez que falava.
Dizia um pai, deseperado, que «só falta pegar nos deficientes e colocá-los num forno crematório». Eu digo mais, o que o governo está a fazer é bem mais desumano e doloroso do que isso. Fecha centros de saúde e urgências e agora compra helicópteros para transportar os doentes que ainda restam para os centros de saúde e urgências que ainda restam. Helicópteros que aliás o INEM diz que não são precisos. Acaba com as escolas especializadas e despeja os deficientes em escolas não preparadas para os acolher.
Ao contrário do que afirmou aquele pai desesperado, creio que quem arderia bem no tal forno crematório seria o actual governo, todo ele, tendo, à frente, aquela inenarrável figura de ópera bufa que dá pelo nome de Válter Lemos, um dos coveiros da nossa educação. (Veja aqui quem é o dito e o que ele percebe de «educação»). (A imagem foi roubada ao «kaos» com a devida vénia, e é «irresistível»).

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Morte ao acordo ortográfico e a quem o apoiar…

Este slogan, bem ao gosto de Abril, tem cada vez mais actualidade e justificação, como podemos verificar lendo o artigo de primeira água que Vasco Graça Moura publica hoje no Diário de Notícias. Aborda a situação do país perante a crise e, enquadrado neste cenário, lembra-nos a afirmação recente do Ministro da Cultura (sim, ele existe, acreditem) a propósito do miserável acordo ortográfico. Chama a esse cavaleiro da triste figura que dá pelo nome de Pinto Ribeiro (não, bolas, já disse que não é esse que esteve na Culturgest, que é programador, professor, ensaista, conferencista; esse sabe do que fala…), chama-lhe, dizia, o cangalheiro. E é pouco. Em mais uma manifestação de evidente flatulência, o senhor resolve dizer (creio que incorrendo até numa espécie de «ilegalidade» que quer a aplicação efectiva do Acordo Ortográfico o mais tardar em 1 de Janeiro de 2010, ou mesmo antes, isto quando a lei prevê um prazo de seis anos para essa aplicação.
Não vou chorar sobre o leite derramado. Nada é irreversível excepto a morte. Espero sinceramente nos próximos anos assistir à denúncia do acordo por parte de um governo que seja minimamente conhecedor das questões da língua e não se deixe iludir por argumentos balofos, redondos, sem fundamentação real, e por outros cavaleiros de tristíssima figura, ainda que casteleiros.
São os 110 milhões de pessoas com o francês como língua mãe e os 210 milhões que o falam como segunda língua mais estúpidos e atrasados do que nós? Há um acordo ortográfico para o francês? Não. E o francês da Ile-de-France, do Quebec, do Haiti ou das Seichelles é bem diferente.
São os quase quase 400 milhões de falantes do castelhano mais estúpidos e atrasados do que nós? Há um acordo ortográfico para o castelhano? Não. Mesmo sendo a língua oficial de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Guiné Equatorial, Honduras, México, Nicaragua, Novo México (EUA), Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico (EUA), República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
São os falantes do inglês mais estúpidos e atrasados que nós? Há um acordo ortográfico para o inglês? Não. Se nos lembrarmos de alguns sites da Internet ou mesmo de alguns programas em que temos de configurar a língua, veremos, além de todos os países da «commonwealth», o inglês (GB), o inglês (USA), o inglês (CAN), o inglês (NZ), o inglês (AUSTR), o inglês (IRL), o inglês (IND), o inglês (SA), o inglês (BAH), o inglês (PHIL) e o inglês (GUI), isto para só falar naqueles em que o inglês é língua oficial. E os burros são eles? E o inglês desapareceu?
Só nós, os inteligente e desenvolvidos é que inventamos um acordo ortográfico. Que não é consensual (em Portugal é mesmo fracturante), que nos pôs (uma vez mais) de cócoras perante o Brasil, em que a maioria dos especialistas (os que são verdadeiramente especialistas e não estão senis) não crê nem se revê, e que até nem foi (e se forem espertos nem será nunca) ratificado por Angola nem por Moçambique.
Abaixo por isso os coveiros da língua portuguesa. Viva a pátria do Fernando Pessoa.

Mugabe - O aniversário do monstro

Diz a comunicação social britânica que o monstro ditador Robert Mugabe, no poder no Zimbabué há 28 anos, resolveu este ano comemorar o seu aniversério (faz 85 anos no próximo dia 21) de modo ainda mais estrondoso do que no ano pasado, quando tinha já gasto, pela mesma razão, mais de um milhão de dólares americanos (três mil milhões de dólares do Zimbabué, vejam lá…) Assim, entre muitas celebrações e eventos, consumir-se-ão 4000 porções de caviar, 8.000 lagostas, 3000 patos, 16000 ovos, 3000 bolos de chocolate e baunilha, 2.000 garrafas de champanhe francês e 8000 caixas de chocolates Ferrero Rocher. A lista, muito mais vasta, inclui ainda a módica quantia de 500 garrafas de whisky Johnny Walker Blue Label e Chivas de 22 anos, para bem digerir, claro…

Entretanto, grande parte da população morre de fome, a inflação supera os 231.000%, o PIB desceu mais de 30%, a esperança de vida anda nos 36/37 anos e a taxa de desemprego é de 94%. Um pão custa mais de cinco milhões de dólares locais.

É de mim ou é suposto que Mugabe seja revolucionário, de esquerda, socialista se não mesmo comunista e pelo menos marxista?
É de mim ou aquelas «alminhas» que quando se trata de terroristas árabes aparecem logo a defendê-los e a oferecer-lhes o país (não a casa deles…), ou a verberar Israel porque riposta aos mísseis disparados do outro lado, estão agora silenciosas? Alguém ouviu essa figura inenarrável do Freitas do Amaral dizer algum coisa? Miguel Portas insurgiu-se contra este facto? O clã Soares pronunciou-se? A pseudo-esquerdizóide comunicação social do costume disse algo? Nicles. No pasa nada.

(O Comité dos Direitos do Homem da ONU também irá ao banquete?)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A situação do país - um artigo fabuloso

Há que ler sem falta um artigo fabuloso de Mário Crespo no JN de hoje. Intitula-se «Está bem... façamos de conta». É uma visão extraordinariamente lúcida das coisas (tétricas) que se vão passando no nosso país. É, por isso mesmo, extremamente perturbador.

Carlos Abreu Amorim chamou, no Blasfémias, a atenção para ele. Classifica-o de espectacular. Eu chamo-lhe fabuloso, porque mais do que um espectáculo dignificante, ele elenca um conjunto de situações que num país com P maiúsculo só seriam aceites no domínio da fábula.

(A propósito, o Augusto ministro ainda o é? Para quando nova dose de «malhação»?)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

MEMÓRIAS DE UMA MAIA DE OUTROS TEMPOS - Moreira (1)

O cruzamento do Padrão de Moreira - fim dos anos 40. O cruzeiro (padrão) está no mesmo sítio, mas a capelinha foi deslocada para um pouco mais abaixo e do outro lado da alameda.




Cruzamento das Guardeiras - fim dos anos 40. Vista tirada de sul para norte. A enorme bouça do lado direito foi em tempos derrubada para construir a Mantex, e hoje aí decorrem os obras para o centro comercial Vivaci. Do lado esquerdo, não havia ainda a Estalagem do Lidador, e o que se vê é o «Solar das Andorinhas», nome mais do que apropriado para um local onde arribavam certas «meninas».

Hamas a mais...

É verdade que o Hamas «confisca» a ajuda humanitária que a ONU faz chegar à faixa de Gaza?
É verdade que um dirigente do Hamas foi apanhado com a módica quantia de nove milhões de euros nos bolsos?
É verdade que o Hamas todos os dias tem violado o cessar-fogo mandando mísseis para o lado israelita? (Parece qua ainda ontem foram pelo menos dois)
É verdade que o Hamas assassinou 11 pessoas ligadas à Fatah, e perante a denúncia do seu dirigente Ziyad Abu Ein, justificam o acto dizendo que «morreram por colaborem com Israel durante a grande ofensiva militar na região»?
Mas estamos a falar de pessoas? Creio que não.
É a esta «gente» que os bloquistas, os comunistas e outros istas (os jornalistas e os complexo-esquerdistas...) defende?
É que quem conhece o perfil dos terroristas «profissionais» sabe que eles, por eles, não querem a paz. Porque feita a paz passam a cidadãos anónimos, sem protagonismo, sem poder, sem as arbitrariedades, sem as torturas que lhes dão prazer e auto-superioridade. Eles pura e simplesmente não sabem, nem querem, viver em paz. Por isso, de cada vez que a paz está próxima, de cada vez que Israel parece ter quase tudo acertado com a autoridade palestiniana ou com a Fatah, aí está e estará o Hamas a sabotar a paz´, aí estará o Hamas a mandar mais um míssil para provocar Israel e vitimizar-se com a resposta.
Aquela zona do mundo só terá paz quando pudermos dizer – não Hamas.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sócrates e João Franco ou um diagnóstico certeiríssimo …

Em Portugal a verdade orçamental corre parelhas com a verdade eleitoral.
Em vez de verdades há apenas duas mentiras, propositadamente organizadas e propositadamente mantidas.
Às classes dirigentes não convém nem a verdade dos orçamentos nem a verdade das eleições.
As classes dirigentes «dirigem»: as dirigidas pagam o dinheiro que lhes é extorquido sob o nome de diversos impostos, ignorando a aplicação desse dinheiro.
Os factos multiplicam-se, vergonhosos, hediondos, horríveis.
A obstinação e o capricho tomam o assento nos conselhos de ministros.
As ideias que a opinião pública tem como dignas de mais breve realização ficam de lado e para sempre esquecidas.
O chefe do governo parece aceitar a doutrina de que o único meio de fugir às grandes questões é não as resolver, lançar mão de meios termos que a ninguém contentam e deixar que os problemas se gastem e morram à falta de razão de ser.
É o que se vê praticado actualmente. Nenhuma tentativa, nenhum projecto sério da parte do governo para satisfazer os mais fundos anseios da sociedade.
O povo é a fonte do poder. Dizem que cada povo tem o governo que merece. O conceito é falso. O povo português não merece o actual governo e considera-se preso de tirania cruel. É um governo que realiza o inverso do preceito de Horácio: junta o inútil ao desagradável.


Escreveu estas actualíssimas linhas o Visconde de S. Boaventura no livro «A Pasta de um Jornalista» de 1908. Isto é que é premonição. Sócrates e João Franco separados à nescença…

Copiarmos o que é bom lá fora...

Nos anos sessenta, aquando da inauguração da Ponte da Arrábida, estava em voga uma historieta interpretada por Raul Solnado intitulada Chamada para Washington. Ao telefone ele repetia a (então hilariante) expressão podióóóóóó chamá-lo? Aproveitando um censor sonolento ou distraído, um jornal da época (Os Ridículos), a propósito da inauguração, publica uma caricatura com Salazar na Ponte, parado a meio olhando o Douro e a legenda podióóóóóó empurrá-lo? Problemas para o jornal, claro. Mas esta do empurrar fez-me lembrar uma imagem interessante do raiva escondida, que apresento acima com a devida vénia, lado a lado com a inspiração original. É acertado copiarmos aquilo que lá fora é bom...

Não, Senhor Presidente

Um «santo» protector - imagem «roubada» aqui.

Há coisas que nunca, mesmo nunca, se podem deixar de lado. Em nome de nada. Em circunstância nenhuma. Uma delas é a honestidade. Outra a verdade.
Se Cavaco quer proteger Sócrates que o faça de outra forma.
Vir dizer a um país que está farto de mentiras, de falsas promessas, de túneis sem luz ao fundo, que temos de pensar só na crise é um completo absurdo. É-o no plano político e é-o no plano psicológico.
Dizer aos portugueses que, seja em nome do que for, esqueçam o Freeport, a subida de impostos quando foi prometida a descida, os 150.000 empregos que já são mais de 100.000 «desempregos», as «malhações» do ministro Santos Silva, os «jamais» dessa figura de ópera bufa que é o ministro das obras públicas, é ser irrealista, é ser cúmplice com uma situção imoral – prometer uma coisa e fazer outra. Cá na minha Terra da Maia chama-se a isso «aldrabice». Em Boliqueime, terra de Cavaco, não sei. Estou curioso para saber como se chama em Vilar de Maçada, de socráticas origens.
(E ainda se «queixam» do Pinócrates?)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Felix Mendelssohn – 200 anos


Felix Mendelssohn nasceu em Hamburgo a 3 de fevereiro de 1809. Como muitos outros famosos compositores, iniciou a sua vida musical como menino prodígio. Toca piano e compõe desde tenra idade. A vida social movimentada dos seus pais possibilita-lhe ser conhecido e dá-lhe experiência. O seu avô era um filósofo judeu, mas o pai, banqueiro, abandona a fé judaica e converte-se ao Cristianismo, adoptando o nome de família, razão pela qual Felix aparece por vezes identificado como Mendelssohn-Bartholdy. Ainda jovem, Felix conhece e torna-se amigo de Goethe, já velho, mas que haveria de exercer influência sobre ele. Mendelssohn viaja pela Europa visitando uma série de países onde esboça fragmentos musicais que haveria de transformar em obras acabadas, muitas das quais ostentam nomes de países ou locais.
Esteve na Escócia, na Itália, na Alemanha e na Inglaterra, país que visitou várias vezes tornando-se um favorito da rainha Victoria. A sua oratória Elias foi executada pela primeira vez em 1846 no Festival de Birmingham.
Já com certa idade, teve vários cargos em Dusseldorf, Berlim e Leipzig, onde trabalhou em estreita colaboração com Robert Schumann. A sua saúde deteriorou-se rapidamente após saber da morte de sua irmã Fanny, morrendo ele poucos meses depois a 4 de novembro de 1847.
Mendelssohn viveu durante o início do período Romântico na esteira dos grandes compositores clássicos como Haydn, Mozart e Beethoven cuja música estudou. Uma influência particular foi a de Bach. Com 20 anos, Mendelssohn dirigiu a Paixão segundo S. Mateus de Bach naquela que foi a primeira audição depois da sua morte de e que fez reviver o interesse pelo compositor barroco . A música de Mendelssohn é clássica na forma e romântica na natureza. Assim como a do seu contemporâneo Schumann, a sua música é agradável e amplamente evocativa, sem as fortes paixões, opiniões ou turbolência interna de outros compositores. Entre as muitas obras em formas clássicas tradicionais as mais conhecidas são talvez os dois concertos para piano, o concerto para violino, as oratórias São Paulo e Elias e a suite Sonho de uma Noite de Verão que inclui a famosa marcha nupcial.

Imagens fabulosas

Imagens fabulosas de um site russo que é, no mínimo, tão surpreendente como desconcertante, mas onde a qualidade das fotografias é fabulosa.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Socratinices ou o que seria se fosse no tempo do Santana

Ele foi a licenciatura de Sª. Exª. «tirada» sabe Deus como (Deus sabe, mas ao menos Ele respeita os segredos). Com cartõezinhos de visita e provas enviadas pelo correio à mistura. Numa universidade com tanto valor e prestígio que está…encerrada. E com um curso tão bom que o levou a nem se querer inscrever na Ordem. (Este «cartão» foi roubado ao Paulo Pinto de Almeida).

Depois foi a dos «projectos?» de «arquitectura» que, não fose ele «engenheiro» e poderiam candidata-lo a um Pritzker.



A seguir vem o embuste do Magalhães, que era «português» mas só de «montagem», porque os componentes, o desenho, a ideia, são a do conhecido Intel Classmate PC. A J P Sá Couto lucra com o negócio e vamos a ver se assim paga o que deve ao Estado, isto é, a todos nós.


Agora, vem o Freeport. Não vou repetir o que está dito. Alguns órgãos de comunicação, como o Público, por exemplo, reportam muito bem a coisa. Espanta a «ligeireza» do Procurador e da Procuradora Adjunta a informar o povão de que não há suspeitos/arguidos. E aquela do Poeta Alegre querer justiça célere para este caso. Então e os outros casos de todos os portugueses não têm direito a justiça célere? Estará o Primeiro Ministro acima da lei? Ele, que é nosso empregado, merece mais ou é mais importante do que nós, os seus patrões? (Tenho de voltar a este assunto…)

Uma pergunta apenas, que é fundamental fazer, até porque os que a deviam fazer constantemente – a miserável comunicação social que temos - não a fazem: se fosse no tempo de Santana Lopes, há quanto tempo Sampaio já teria corrido com o pessoal e dissolvido a Assembleia?
Pois é, mas estes são «de esquerda» (salvo seja…) e, portanto tudo lhes é perdoado…

Um «certo» islamismo - Caindo as máscaras o que se vê?

Corre na Net um email com fotografias de um acto muçulmano anti-ocidental. É suposto serem de uma manifestação designada por «Religião e Paz», em Londres em Janeiro deste ano.
Logo apareceram vozes (as do costume) a dizer que eram falsas, que eram montagens, etc.
Como podemos verificar aqui, as fotos são verdadeiras, embora de outra ocasião (protestos frente à Embaixada da Dinamarca em Londres a propósito das famosas «caricaturas»).
O onde e o quando são, para mim, secundários. São os termos, são os verbos, é o incitamento que mais me preocupa: DECAPITAR – EXTERMINAR – MASSACRAR. E, claro, as mensagens: PREPARA-TE PARA O VERDADEIRO HOLOCAUSTO – A EUROPA TERÁ O SEU 11 DE SETEMBRO - A LIBERDADE QUE VÁ PARA O INFERNO – O ISLÃO DOMINARÁ O MUNDO.
O que será que nos aconteceria se nos manifestássemos em Teerão (e em todo o mundo muçulmano) nestes modos? Pensem nisto porque aqui reside a questão principal. Eles podem cá, nós não podemos lá. (A frase é profundamente etnocêntrica mas não vejo outro modo de dizer exactamente isto).
Como referiu o Ruben Vale Santos no seu Blog O Homem, produto de si próprio «Estas fotos ficam aqui, em homenagem a uma série de pessoas que conheço - e com quem tenho trocado impressões - porque, também eles, entendem que estas movimentações muçulmanas são todas em prol da Paz. Idiotas úteis sempre houve e sempre haverá. O que é que Hitler teria conseguido sem eles? Nada! Rigorosamente nada!».

E digam-me depois se D. José Policarpo tinha ou não razão em alertar as mulheres para o casamento com muçulmanos?

sábado, 17 de janeiro de 2009

Popeye faz 80 anos



Faz hoje 80 anos (a mesma idade de Tintim) um dos marinheiros mais conhecidos do mundo – Popeye.
De facto, o marujo dos braços musculados e do inseparável cachimbo ao canto da boca nasceu em 17 de Janeiro de 1929, com esta tira (embora na versão a preto e branco, sendo esta algo posterior).

Esta tira tinha originalmente as personagens de Olive Oyl (Olívia Palito), a que viria a ser a «eterna namorada» de Popeye, Ham Gravy (primeiro namorado de Olívia), Cole e Nana Oyl (pais de Olívia) e Castor Oyl (irmão). As primeiras palavras de Popeye, em resposta à pergunta: "Você é um marinheiro?" foram "Nah! acho que eu sou um cowboy!"
O seu nome deriva de pop eye, olhos salientes, numa tradução adaptada. É uma criação de Elzie C. Segar e fica indelevelmente ligado aos espinafres, que consumia em lata para lhe darem força, à boa maneira da poção mágica do druida Panoramix.
Popeye tornou-se em breve o mais popular personagem da série, ganhando autonomia e vindo a ser um dos mais conhecidos heróis da BD de sempre.
Nos anos trinta, a Fleischer Brothers (que criou Betty Boop) apresenta-o como uma personagem de desenho animado em Popeye Popeye a Sailor Long que o tornou mundialmente conhecido e parte do imaginário norte-americano da pós-depressão.
O seu arqui-inimigo Brutus, protagonizava com ele a luta de David contra Golias, em que a inteligência vencia a força e o bem vencia o mal.
Depois de «deixar» os estúdios da Fleischer, Popeye passou sucessivamente pelos Famous Studios (1942 / 1957), King Features Syndicate TV (1959 / 1961), uma espécie de Meca do desenho animado da época e Hanna Barbera (1978 / 1988).
Houve também várias adaptações ao cinema da personagem, sendo talvez a mais conhecida de todas a de 1980 com Robin Williams.
Popeye é o autor de «grandes citações filosóficas» que ficaram na história do pensamento universal, como por exemplo: "I yam what I yam, and that's all what I yam!" e "That's all I can stands, cuz I can't stands n'more!"

Refira-se que por terem passado também 70 anos da morte do criador de Popeye, a sua obra na Europa caiu no domínio público.

Deixar a Terra - Bernardo Markowsky expõe no Fórum da Maia



Uma excelente exposição de fotografia encontra-se patente no Fórum da Maia. É seu autor Bernardo Markowsky, fotógrafo alemão a residir em Portugal. Retrata um conjunto de viagens, e de vezes em que ele deixou a terra para ver, e sentir, outras terras.

Aquando da inauguração, ontem à noite, foi também lançado um livro homónimo, das Edições Afrontamento, que mostra as deambulações de Markowsky por Portugal, Bangladesh, Índia, Caxemira, Quénia, e Somália, entre outras paragens.

Nas palavras do Autor: «Sou eu mesmo que falo. Servindo-me da minha própria língua para exprimir o meu pensamento, a verdade tal qual a encontrei à frente dos meus pés e no confronto com o meu olhar».

A exposição, patente no Fórum da Maia de segunda a sábado das 15 às 19, estará aberta ao público até 22 de Fevereiro e tem entrada gratuita.

Não perca esta viagem.

Ferreira Leite, TGV e Comunicação Social

Como vai a miserável comunicação social que temos!!!
Notícia no site da RTP: Líderes de vários partidos espanhóis criticaram hoje os comentários da presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite sobre o TGV, afirmando que o projecto é essencial para as ligações entre Portugal e Espanha e que deve avançar.
Vamos lá a ver, no desenrolar da notícia, quem são os «líderes». Um galego, Anton Louro, deputado do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de que nunca tinha ouvido falar e que não sei que posição ocupa na sua estrutura partidária, que diz que «estes projectos melhoram a mobilidade e a integração hispano-portuguesa".
Outro «líder», Andrés Ayala, porta-voz do PP (nunca vi um porta-voz ser líder de nada, só se for da sua voz) na Comissão de Fomento do parlamento espanhol, que considera o projecto vital para a permeabilidade fronteiriça entre Portugal e Espanha e para canalizar os tráficos não apenas de passageiros mas de mercadorias, visto que afecta também os projectos europeus de conectar Sines e o porto de Algeciras com Paris", frisou.
Outro ainda, Francisco Rodrigues, deputado do Bloco Nacionalista Galego (BNG), repete a estafada estupidez «É um projecto fundamental do ponto de vista económico e do ponto de vista das relações económicas, politicas e sociais entre Portugal e Espanha e, no nosso caso, entre Portugal e a Galiza». Este absurdo, que toda a gente usa, não vem depois sustentado por nada, por nenhum documento, por nenhum estudo. São os pinóquios da nossa política que nos aldrabam constantemente, e nós, os pacóvios, os lorpas, vamos sonhando alegremente com um TGV para todos, ligando até um dia quem sabe todas as sedes de concelho do País.
Meus amigos, isto é um arrazoado de absurdos e uma demonstração de suprema estupidez e parolice.
Vejamos: onde estão, em primeiro lugar, os estudos sérios que provam a viabilidade económica do TGV? Em lado nenhum, porque não existem, nem podem existir, porque o nosso TGV não é viável. E depois, os estudos que nos mostram claramente em que é que nós, os portugueses, os pagantes, os que vão ficar endividados até à próxima meia dúzia de gerações, beneficiamos com o TGV, e qual a sua mais-valia para Portugal? Também em lado nenhum porque não existem benefícios óbvios, para além de um duvidoso ganho de uns quantos minutos.
Vejam os eufemismos da miséria dos políticos espanhóis para nos tentarem convencer: «integração hispano-portuguesa». Integração onde e para quê? E quem quer a integração, além de Saramago, já muito bem «integrado»? E «permeabilidade fronteiriça». Permeabilidade a quê? E a quem? e Como? Tanta baboseira, meu Deus. Tanta estupidez. E a «nossa» RTP dá alarde, e amplifica estas situações que raiam o absurdo, em vez de analisar tecnica e realisticamente o que a Drª. Ferreira Leite (e eu até nem gosto dela) juntamente com cada vez mais portugueses pensa: não temos dinheiro para alimentar o novo-riquismo deste governo com projectos megalómanos, a fazer lembrar os primeiros líderes árabes do petróleo no início dos anos 70 que compravam Mercedes para andar 10 quilómetros, que eram as únicas estradas que possuíam, ou os líderes de certas regiões africanas que compravam um magnífico frigorífico que ficava a fazer de armário porque não tinham electicidade. O frigorífico não funcionava? O Mercedes não saía da garagem? Que importa isso. O importante é o prestígio de ter um frigorífico ou de ter um Mercedes.
Mas a discriminação é tão grande e tão notória que o Dr. Medina Carreira (que muito admiro) vem dizendo isto e muito mais há muito tempo, e é reverenciado. Outra pessoa (porque é líder da oposição) diz o mesmo e sujeita-se a ser trucidada.
Miserável comunicação e miseráveis políticos que temos. Mas como grande parte deles, políticos e jornalistas, são de aviário, estamos sujeitos a esta constante gripe das aves…

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O Zepelim de Chumbo

Sob a influência dos Yardbirds de Eric Clapton e Jimmy Page (começaram até por chamar-se The New Yardbirds, com Chris Deja no Baixo), os Led Zeppelin formaram-se, como banda, em setembro de 1968. Compunham o grupo Jimmy Page (guitarra), John Bonham (bateria e percussão), John Paul Jones (baixo e teclado) e Robert Plant (vocalista e harmónica). (O nome deve-se a um chiste de Keith Moon que vaticinou uma queda para o super-grupo tão desastrosa como a do Zepellin Hindemburgo).

O seu primeiro álbum, justamente intitulado Led Zeppelin sai em 12 de Janeiro de 1969. Mostra-nos combinações entre o blues e o rock, ora subtis ora quase dissonantes. Não esconde também algumas influências orientais com distorções da guitarra, tão ao gosto de Page.
Este trabalho (como outros que se seguirão) pode considerar-se uma pré-figuração do que se chamará pouco mais tarde de «heavy metal», embora haja também músicas mais soft e bastantes interpretações acústicas. (Page, como muitos outros artistas da época não gostava da expressão heavy metal e preferia, por exemplo, hard rock; os teóricos que se decidam…).
Embora nem todos os temas do álbum tenham ascendido à categoria de «clássicos», como «Good times, bad times», «Dazed and confused» e «Communication breakdown», por exemplo, acabam por ser todos marcantes. « Babe, I'm Gonna Leave You» é uma óptima balada acústica, «Your time is gonna come» tem uma abertura quase de catedral graças ao teclado de John Paul Jones e «I Can't Quit You Baby» é uma obra prima dos blues.
Este disco marcou o ano de 1969 e o rock a partir daí. Voltaremos a este grupo.

Os 80 anos de Tintim

Tintim faz 80 anos. Foi com «Tintin au pays des soviets» que ele nasceu. Nasceu já crescido, como convém a um herói da BD. Faz 80 anos sem uma ruga, sem um cabelo branco, conservando intacta a sua jovialidade, a sua agilidade e a sua poupa.


O seu livro de estreia, o único que Hergé não reeditou porque considerou que era demasiado politizado, sabemo-lo hoje, vários anos após a queda do muro de Berlim, que afinal, pelo humor e por algum «nonsense», retratava a realidade dos inícios da sovietização.



As viagens de Tintim, o repórter que nunca publicou uma notícia, relatam-nos episódios que em vários casos fizeram história, e noutros se mantêm actuais.A sua actualidade é tal que neste momento é até disputado pelo «lobby gay», como quer uma eminência parda desse poderoso lobby, o jornalista e ex-político britânico Matthew Parris. Veja aqui.

Quase 26 anos depois da morte de Hergé, Tintim continua a vender, e o «slogan» que popularizou as suas aventuras está mais correcto do que nunca – dos 7 aos 77 anos. Havemos de voltar a Tintim e a Hergé.

Sob o signo dos aniversários.

O Relógio de Dali começa sob o signo dos aniversários.


São os 80 anos de Tintim, feitos a 10 de Janeiro. São os 40 anos do primeiro disco dos Led Zeppelin. São os 33 anos da morte de Agatha Christie (12 de Janeiro de 1976), a criadora de Poirot e Miss Marple. Serão, a 15 de Janeiro, os 80 anos do nascimento de Martin Luther King.
Tudo factos, pessoas e personagens que me marcaram muito. E poderíamos ir por aí fora. E iremos, á medida que o tempo e a disposição quiserem.

Termo de Abertura

Este Blog abre hoje oficialmente. Por tempo indeterminado e sem compromisso de periodicidade.
Sendo ele um órgão de mim próprio, funcionará com o ritmo de que eu mesmo esteja imbuído.
É um Blog íntimo, já que reflectirá os meus gostos (e desgostos), as minhas ideias, os meus estados de alma.
De um desabafo a uma séria reflexão, da referência a um disco ao comentário a um livro, de uma evocação a uma efeméride, de tudo um pouco se comporá a matéria do Blog. Até do «ressuscitar» de textos antigos, mas de actualidade óbvia, quer meus quer de outros autores.
O nome, e o símbolo, não foram escolhidos a esmo. Os relógios de Dali, quer os «moles», do conhecido quadro "A Persistência da Memória ou Relógios Moles", de 1931, quer o que escolhi, “Relógio Mole no Momento da sua Primeira Explosão”, de 1954, lembram-nos que o tempo é feito (e desfeito) por nós. E que, como diz o Prof. Carvalho Rodrigues, “O sentimento do tempo, a espera e o desespero, nascem da nossa perspectiva”.
Ou que, como escreveu Eurípedes nos «Fragmentos», “O tempo dirá tudo à posteridade. É um falador. Fala mesmo quando nada se pergunta”.