sábado, 21 de fevereiro de 2009

PINÓCRATES - O SEU A SEU DONO


Querem alguns meios de comunicação social, no sentido de denegrir o cartaz da JSD, que a ideia do «Pinócrates» foi copiada de um certo cartaz do Bloco de Esquerda da Madeira representando Brazão de Castro, secretário regional dos Recursos Humanos, nos inícios de Agosto de 2008. Não é verdade. Alusões a personagens tidos como «petistas», «mentirosos», «aldrabões», etc., e representando essas personagen com o enorme nariz do Pinóquio são já bem antigas. Mas gosto sempre de lembrar aquela que vi, de Sócrates/Pinóquio, no Carrapato, já nos finais de Outubro de 2006. É que a imagem ilustrava uma história bem curiosa, que reproduzo quase ipsis verbis com a devida vénia:

A Branca de Neve, a Bruxa Má e o Pinóquio encontram-se na floresta.
- Sou a mais linda do mundo ! – diz a Branca de Neve.
- Sou a mais feia do mundo ! – diz a Bruxa.
- Sou o maior mentiroso do mundo ! – diz o Pinóquio.
Então entram, um de cada vez, na Grande Caverna, para falarem com o Sábio da Floresta, dono do espelho mágico da verdade.
A Branca de Neve entra e sai muito feliz: - sou mesmo a mais linda do munco, diz!
A Bruxa entra a seguir e sai toda sorridente: - sou mesmo a mais feia do mundo, exclama!
Pinóquio entra em último, sai furioso e pergunta gritando: raios partam!!! Quem é o Sócrates????,

Um deserto com um mar de gente...


Ontem viajei até Trás os Montes.
Veio-me imediatamente à memória que, há pouco mais de dois meses, fiz a auto-estrada da Beira Interior. Desde um pouco antes de Castelo Branco até à Guarda passei, ou passaram por mim uma meia dúzia de carros. Não chegaram, de certeza a uma dúzia.
Ontem, para Trás os Montes, depois da auto-estrada até Amarante, que se faz tão bem, tive pela frente uma via-sacra sofridíssima até Bragança. Os veículos com que me cruzei, que ultrapassei ou que me ultrapassaram, foram centenas. Provavelmente mais de um milhar. E Trás os Montes não tem auto-estrada.
Porcaria de governantes que fazem obras onde não há utilizadores e não fazem onde os há.


Portugal é um deserto (de governantes inteligentes) com um mar de gente (nós, os governados, que começamos a fartar-nos...)!!!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

MEMÓRIAS DE UMA MAIA DE OUTROS TEMPOS - Moreira (2)

Pedras Rubras em duas imagens históricas - do «campo da aviação» ao «aeroporto»

Sócrates e a «triagem de Manchester»

A triagem de Manchester é um sistema de gestão de atendimentos urgentes hospitalares, que compreende uma priorização efectuada por critérios técnicos de gravidade, procurando oferecer um acolhimento mais justo e adequado ao caso específico de cada utente. O sistema foi aplicado pela primeira vez na cidade de Manchester em 1997, de onde tomou o nome. A eficácia desta estratégia cedo se verificou, tendo sido adoptada por vários hospitais do Reino Unido e, em Portugal, em 2000, tem como pioneiro o Hospital de Geral de Santo António.
Pois bem, se a socretina figura do Primeiro Ministro aplicasse às suas prioridades políticas a triagem de Manchester, a sua «campanha eleitoral» para uma eleição onde concorria sozinho, e que, espanto dos espantos, ganhou, seria diferente. E seria também diferente a agenda política a propor para os próximos tempos.
O casamento de homossexuais vai resolver a crise económica? A eutanásia vai resolver os problemas sociais? São estas as questões que vão devolver aos portugueses a esperança?
Há bem pouco tempo, quando ainda era possível manter o embuste de uma «boa governação socialista», nenhum destes assuntos era prioridade para Sócrates. Agora, que cairam as máscaras, que o desgoverno está à vista, que o passo em direcção ao abismo foi dado, que a arrogância e o autismo dão lugar à vitimização e ao sacudir da água do capote, que já não é possível manter o embuste, há que arranjar coisas sem importância para parecerem importantes, porque as verdadeiremnte importantes não só não as conseguiram resolver como ainda as agravaram. Por pura incompetência.
Que fazer então? Atirar-nos terra para os olhos. Estabelecer uma cortina de fumo. Esconder, uma vez mais a verdade. E assim, estas questões de somenos aparecem como «fundamentais» e «prioritárias».
Pobre País que tais governantes tem…

Válter Lemos e o crematório

Acabei de ver na TVI a reportagem Um Grau de Diferença, focando a situação de crianças deficientes no ensino. Sou muito céptico em relação à designada «integração». Acho que, em grande parte dos casos, não só é contrária ao objectivo de aprendizagem da criança diferente, como serve, isso sim, para que a criança fique ainda mais traumatizada, por consciência das suas «diferenças», grande parte elas transformadas em limitações.
Se fosse pai de uma criança deficiente quereria exactamente o mesmo que quero para o meu filho: o melhor possível. Que aprenda o mais e o melhor possível, que lhe disponibilizem o máximo possível de ferramentas disponíveis para o seu nível mental, que seja feliz.
Creio que isto nunca poderá acontecer numa escola «inclusiva» à força, em que os agentes não têm preparação (ao contrário do que diz o governo), em que não há espaços próprios, e em que há ritmos de ensino/aprendizagem muito diversos, sendo uma injustiça para os outros que esses ritmos baixem significativamente. Por outro lado, o jovem deficiente ao confrontar-se com as suas limitações pode, numa idade extremamente difícil e em que se vão ganhando pontos de referência para uma vida futura, ficar profundamente traumatizado pela sua «diferença».
Claro que para muitos pais a pública «escola inclusiva» é o ideal porque poupam muito dinheiro e livram-se na mesma do filho umas horas por dia.
Mas para aqueles pais que pensam pela sua cabeça, e que verdadeiramente se importam com os filhos, há que meditar seriamente no que será melhor para eles. Seria bom para os nossos atletas paralímpicos pô-los a competir com os nossos olímpicos? Sentir-se-iam realizados? Tenho a certeza que não. E a vida é uma constante competição.

De todo o modo na reportagem revoltou-me, enojou-me, ver uma vez mais o que este governo está a fazer pelos seus cidadãos. Revoltou-me, enojou-me, ver o careto nédio e lustroso de Válter Lemos completamente encostado à parede pela jornalista, afundando-se mais de cada vez que falava.
Dizia um pai, deseperado, que «só falta pegar nos deficientes e colocá-los num forno crematório». Eu digo mais, o que o governo está a fazer é bem mais desumano e doloroso do que isso. Fecha centros de saúde e urgências e agora compra helicópteros para transportar os doentes que ainda restam para os centros de saúde e urgências que ainda restam. Helicópteros que aliás o INEM diz que não são precisos. Acaba com as escolas especializadas e despeja os deficientes em escolas não preparadas para os acolher.
Ao contrário do que afirmou aquele pai desesperado, creio que quem arderia bem no tal forno crematório seria o actual governo, todo ele, tendo, à frente, aquela inenarrável figura de ópera bufa que dá pelo nome de Válter Lemos, um dos coveiros da nossa educação. (Veja aqui quem é o dito e o que ele percebe de «educação»). (A imagem foi roubada ao «kaos» com a devida vénia, e é «irresistível»).

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Morte ao acordo ortográfico e a quem o apoiar…

Este slogan, bem ao gosto de Abril, tem cada vez mais actualidade e justificação, como podemos verificar lendo o artigo de primeira água que Vasco Graça Moura publica hoje no Diário de Notícias. Aborda a situação do país perante a crise e, enquadrado neste cenário, lembra-nos a afirmação recente do Ministro da Cultura (sim, ele existe, acreditem) a propósito do miserável acordo ortográfico. Chama a esse cavaleiro da triste figura que dá pelo nome de Pinto Ribeiro (não, bolas, já disse que não é esse que esteve na Culturgest, que é programador, professor, ensaista, conferencista; esse sabe do que fala…), chama-lhe, dizia, o cangalheiro. E é pouco. Em mais uma manifestação de evidente flatulência, o senhor resolve dizer (creio que incorrendo até numa espécie de «ilegalidade» que quer a aplicação efectiva do Acordo Ortográfico o mais tardar em 1 de Janeiro de 2010, ou mesmo antes, isto quando a lei prevê um prazo de seis anos para essa aplicação.
Não vou chorar sobre o leite derramado. Nada é irreversível excepto a morte. Espero sinceramente nos próximos anos assistir à denúncia do acordo por parte de um governo que seja minimamente conhecedor das questões da língua e não se deixe iludir por argumentos balofos, redondos, sem fundamentação real, e por outros cavaleiros de tristíssima figura, ainda que casteleiros.
São os 110 milhões de pessoas com o francês como língua mãe e os 210 milhões que o falam como segunda língua mais estúpidos e atrasados do que nós? Há um acordo ortográfico para o francês? Não. E o francês da Ile-de-France, do Quebec, do Haiti ou das Seichelles é bem diferente.
São os quase quase 400 milhões de falantes do castelhano mais estúpidos e atrasados do que nós? Há um acordo ortográfico para o castelhano? Não. Mesmo sendo a língua oficial de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Guiné Equatorial, Honduras, México, Nicaragua, Novo México (EUA), Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico (EUA), República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
São os falantes do inglês mais estúpidos e atrasados que nós? Há um acordo ortográfico para o inglês? Não. Se nos lembrarmos de alguns sites da Internet ou mesmo de alguns programas em que temos de configurar a língua, veremos, além de todos os países da «commonwealth», o inglês (GB), o inglês (USA), o inglês (CAN), o inglês (NZ), o inglês (AUSTR), o inglês (IRL), o inglês (IND), o inglês (SA), o inglês (BAH), o inglês (PHIL) e o inglês (GUI), isto para só falar naqueles em que o inglês é língua oficial. E os burros são eles? E o inglês desapareceu?
Só nós, os inteligente e desenvolvidos é que inventamos um acordo ortográfico. Que não é consensual (em Portugal é mesmo fracturante), que nos pôs (uma vez mais) de cócoras perante o Brasil, em que a maioria dos especialistas (os que são verdadeiramente especialistas e não estão senis) não crê nem se revê, e que até nem foi (e se forem espertos nem será nunca) ratificado por Angola nem por Moçambique.
Abaixo por isso os coveiros da língua portuguesa. Viva a pátria do Fernando Pessoa.

Mugabe - O aniversário do monstro

Diz a comunicação social britânica que o monstro ditador Robert Mugabe, no poder no Zimbabué há 28 anos, resolveu este ano comemorar o seu aniversério (faz 85 anos no próximo dia 21) de modo ainda mais estrondoso do que no ano pasado, quando tinha já gasto, pela mesma razão, mais de um milhão de dólares americanos (três mil milhões de dólares do Zimbabué, vejam lá…) Assim, entre muitas celebrações e eventos, consumir-se-ão 4000 porções de caviar, 8.000 lagostas, 3000 patos, 16000 ovos, 3000 bolos de chocolate e baunilha, 2.000 garrafas de champanhe francês e 8000 caixas de chocolates Ferrero Rocher. A lista, muito mais vasta, inclui ainda a módica quantia de 500 garrafas de whisky Johnny Walker Blue Label e Chivas de 22 anos, para bem digerir, claro…

Entretanto, grande parte da população morre de fome, a inflação supera os 231.000%, o PIB desceu mais de 30%, a esperança de vida anda nos 36/37 anos e a taxa de desemprego é de 94%. Um pão custa mais de cinco milhões de dólares locais.

É de mim ou é suposto que Mugabe seja revolucionário, de esquerda, socialista se não mesmo comunista e pelo menos marxista?
É de mim ou aquelas «alminhas» que quando se trata de terroristas árabes aparecem logo a defendê-los e a oferecer-lhes o país (não a casa deles…), ou a verberar Israel porque riposta aos mísseis disparados do outro lado, estão agora silenciosas? Alguém ouviu essa figura inenarrável do Freitas do Amaral dizer algum coisa? Miguel Portas insurgiu-se contra este facto? O clã Soares pronunciou-se? A pseudo-esquerdizóide comunicação social do costume disse algo? Nicles. No pasa nada.

(O Comité dos Direitos do Homem da ONU também irá ao banquete?)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A situação do país - um artigo fabuloso

Há que ler sem falta um artigo fabuloso de Mário Crespo no JN de hoje. Intitula-se «Está bem... façamos de conta». É uma visão extraordinariamente lúcida das coisas (tétricas) que se vão passando no nosso país. É, por isso mesmo, extremamente perturbador.

Carlos Abreu Amorim chamou, no Blasfémias, a atenção para ele. Classifica-o de espectacular. Eu chamo-lhe fabuloso, porque mais do que um espectáculo dignificante, ele elenca um conjunto de situações que num país com P maiúsculo só seriam aceites no domínio da fábula.

(A propósito, o Augusto ministro ainda o é? Para quando nova dose de «malhação»?)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

MEMÓRIAS DE UMA MAIA DE OUTROS TEMPOS - Moreira (1)

O cruzamento do Padrão de Moreira - fim dos anos 40. O cruzeiro (padrão) está no mesmo sítio, mas a capelinha foi deslocada para um pouco mais abaixo e do outro lado da alameda.




Cruzamento das Guardeiras - fim dos anos 40. Vista tirada de sul para norte. A enorme bouça do lado direito foi em tempos derrubada para construir a Mantex, e hoje aí decorrem os obras para o centro comercial Vivaci. Do lado esquerdo, não havia ainda a Estalagem do Lidador, e o que se vê é o «Solar das Andorinhas», nome mais do que apropriado para um local onde arribavam certas «meninas».

Hamas a mais...

É verdade que o Hamas «confisca» a ajuda humanitária que a ONU faz chegar à faixa de Gaza?
É verdade que um dirigente do Hamas foi apanhado com a módica quantia de nove milhões de euros nos bolsos?
É verdade que o Hamas todos os dias tem violado o cessar-fogo mandando mísseis para o lado israelita? (Parece qua ainda ontem foram pelo menos dois)
É verdade que o Hamas assassinou 11 pessoas ligadas à Fatah, e perante a denúncia do seu dirigente Ziyad Abu Ein, justificam o acto dizendo que «morreram por colaborem com Israel durante a grande ofensiva militar na região»?
Mas estamos a falar de pessoas? Creio que não.
É a esta «gente» que os bloquistas, os comunistas e outros istas (os jornalistas e os complexo-esquerdistas...) defende?
É que quem conhece o perfil dos terroristas «profissionais» sabe que eles, por eles, não querem a paz. Porque feita a paz passam a cidadãos anónimos, sem protagonismo, sem poder, sem as arbitrariedades, sem as torturas que lhes dão prazer e auto-superioridade. Eles pura e simplesmente não sabem, nem querem, viver em paz. Por isso, de cada vez que a paz está próxima, de cada vez que Israel parece ter quase tudo acertado com a autoridade palestiniana ou com a Fatah, aí está e estará o Hamas a sabotar a paz´, aí estará o Hamas a mandar mais um míssil para provocar Israel e vitimizar-se com a resposta.
Aquela zona do mundo só terá paz quando pudermos dizer – não Hamas.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sócrates e João Franco ou um diagnóstico certeiríssimo …

Em Portugal a verdade orçamental corre parelhas com a verdade eleitoral.
Em vez de verdades há apenas duas mentiras, propositadamente organizadas e propositadamente mantidas.
Às classes dirigentes não convém nem a verdade dos orçamentos nem a verdade das eleições.
As classes dirigentes «dirigem»: as dirigidas pagam o dinheiro que lhes é extorquido sob o nome de diversos impostos, ignorando a aplicação desse dinheiro.
Os factos multiplicam-se, vergonhosos, hediondos, horríveis.
A obstinação e o capricho tomam o assento nos conselhos de ministros.
As ideias que a opinião pública tem como dignas de mais breve realização ficam de lado e para sempre esquecidas.
O chefe do governo parece aceitar a doutrina de que o único meio de fugir às grandes questões é não as resolver, lançar mão de meios termos que a ninguém contentam e deixar que os problemas se gastem e morram à falta de razão de ser.
É o que se vê praticado actualmente. Nenhuma tentativa, nenhum projecto sério da parte do governo para satisfazer os mais fundos anseios da sociedade.
O povo é a fonte do poder. Dizem que cada povo tem o governo que merece. O conceito é falso. O povo português não merece o actual governo e considera-se preso de tirania cruel. É um governo que realiza o inverso do preceito de Horácio: junta o inútil ao desagradável.


Escreveu estas actualíssimas linhas o Visconde de S. Boaventura no livro «A Pasta de um Jornalista» de 1908. Isto é que é premonição. Sócrates e João Franco separados à nescença…

Copiarmos o que é bom lá fora...

Nos anos sessenta, aquando da inauguração da Ponte da Arrábida, estava em voga uma historieta interpretada por Raul Solnado intitulada Chamada para Washington. Ao telefone ele repetia a (então hilariante) expressão podióóóóóó chamá-lo? Aproveitando um censor sonolento ou distraído, um jornal da época (Os Ridículos), a propósito da inauguração, publica uma caricatura com Salazar na Ponte, parado a meio olhando o Douro e a legenda podióóóóóó empurrá-lo? Problemas para o jornal, claro. Mas esta do empurrar fez-me lembrar uma imagem interessante do raiva escondida, que apresento acima com a devida vénia, lado a lado com a inspiração original. É acertado copiarmos aquilo que lá fora é bom...

Não, Senhor Presidente

Um «santo» protector - imagem «roubada» aqui.

Há coisas que nunca, mesmo nunca, se podem deixar de lado. Em nome de nada. Em circunstância nenhuma. Uma delas é a honestidade. Outra a verdade.
Se Cavaco quer proteger Sócrates que o faça de outra forma.
Vir dizer a um país que está farto de mentiras, de falsas promessas, de túneis sem luz ao fundo, que temos de pensar só na crise é um completo absurdo. É-o no plano político e é-o no plano psicológico.
Dizer aos portugueses que, seja em nome do que for, esqueçam o Freeport, a subida de impostos quando foi prometida a descida, os 150.000 empregos que já são mais de 100.000 «desempregos», as «malhações» do ministro Santos Silva, os «jamais» dessa figura de ópera bufa que é o ministro das obras públicas, é ser irrealista, é ser cúmplice com uma situção imoral – prometer uma coisa e fazer outra. Cá na minha Terra da Maia chama-se a isso «aldrabice». Em Boliqueime, terra de Cavaco, não sei. Estou curioso para saber como se chama em Vilar de Maçada, de socráticas origens.
(E ainda se «queixam» do Pinócrates?)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Felix Mendelssohn – 200 anos


Felix Mendelssohn nasceu em Hamburgo a 3 de fevereiro de 1809. Como muitos outros famosos compositores, iniciou a sua vida musical como menino prodígio. Toca piano e compõe desde tenra idade. A vida social movimentada dos seus pais possibilita-lhe ser conhecido e dá-lhe experiência. O seu avô era um filósofo judeu, mas o pai, banqueiro, abandona a fé judaica e converte-se ao Cristianismo, adoptando o nome de família, razão pela qual Felix aparece por vezes identificado como Mendelssohn-Bartholdy. Ainda jovem, Felix conhece e torna-se amigo de Goethe, já velho, mas que haveria de exercer influência sobre ele. Mendelssohn viaja pela Europa visitando uma série de países onde esboça fragmentos musicais que haveria de transformar em obras acabadas, muitas das quais ostentam nomes de países ou locais.
Esteve na Escócia, na Itália, na Alemanha e na Inglaterra, país que visitou várias vezes tornando-se um favorito da rainha Victoria. A sua oratória Elias foi executada pela primeira vez em 1846 no Festival de Birmingham.
Já com certa idade, teve vários cargos em Dusseldorf, Berlim e Leipzig, onde trabalhou em estreita colaboração com Robert Schumann. A sua saúde deteriorou-se rapidamente após saber da morte de sua irmã Fanny, morrendo ele poucos meses depois a 4 de novembro de 1847.
Mendelssohn viveu durante o início do período Romântico na esteira dos grandes compositores clássicos como Haydn, Mozart e Beethoven cuja música estudou. Uma influência particular foi a de Bach. Com 20 anos, Mendelssohn dirigiu a Paixão segundo S. Mateus de Bach naquela que foi a primeira audição depois da sua morte de e que fez reviver o interesse pelo compositor barroco . A música de Mendelssohn é clássica na forma e romântica na natureza. Assim como a do seu contemporâneo Schumann, a sua música é agradável e amplamente evocativa, sem as fortes paixões, opiniões ou turbolência interna de outros compositores. Entre as muitas obras em formas clássicas tradicionais as mais conhecidas são talvez os dois concertos para piano, o concerto para violino, as oratórias São Paulo e Elias e a suite Sonho de uma Noite de Verão que inclui a famosa marcha nupcial.

Imagens fabulosas

Imagens fabulosas de um site russo que é, no mínimo, tão surpreendente como desconcertante, mas onde a qualidade das fotografias é fabulosa.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Socratinices ou o que seria se fosse no tempo do Santana

Ele foi a licenciatura de Sª. Exª. «tirada» sabe Deus como (Deus sabe, mas ao menos Ele respeita os segredos). Com cartõezinhos de visita e provas enviadas pelo correio à mistura. Numa universidade com tanto valor e prestígio que está…encerrada. E com um curso tão bom que o levou a nem se querer inscrever na Ordem. (Este «cartão» foi roubado ao Paulo Pinto de Almeida).

Depois foi a dos «projectos?» de «arquitectura» que, não fose ele «engenheiro» e poderiam candidata-lo a um Pritzker.



A seguir vem o embuste do Magalhães, que era «português» mas só de «montagem», porque os componentes, o desenho, a ideia, são a do conhecido Intel Classmate PC. A J P Sá Couto lucra com o negócio e vamos a ver se assim paga o que deve ao Estado, isto é, a todos nós.


Agora, vem o Freeport. Não vou repetir o que está dito. Alguns órgãos de comunicação, como o Público, por exemplo, reportam muito bem a coisa. Espanta a «ligeireza» do Procurador e da Procuradora Adjunta a informar o povão de que não há suspeitos/arguidos. E aquela do Poeta Alegre querer justiça célere para este caso. Então e os outros casos de todos os portugueses não têm direito a justiça célere? Estará o Primeiro Ministro acima da lei? Ele, que é nosso empregado, merece mais ou é mais importante do que nós, os seus patrões? (Tenho de voltar a este assunto…)

Uma pergunta apenas, que é fundamental fazer, até porque os que a deviam fazer constantemente – a miserável comunicação social que temos - não a fazem: se fosse no tempo de Santana Lopes, há quanto tempo Sampaio já teria corrido com o pessoal e dissolvido a Assembleia?
Pois é, mas estes são «de esquerda» (salvo seja…) e, portanto tudo lhes é perdoado…

Um «certo» islamismo - Caindo as máscaras o que se vê?

Corre na Net um email com fotografias de um acto muçulmano anti-ocidental. É suposto serem de uma manifestação designada por «Religião e Paz», em Londres em Janeiro deste ano.
Logo apareceram vozes (as do costume) a dizer que eram falsas, que eram montagens, etc.
Como podemos verificar aqui, as fotos são verdadeiras, embora de outra ocasião (protestos frente à Embaixada da Dinamarca em Londres a propósito das famosas «caricaturas»).
O onde e o quando são, para mim, secundários. São os termos, são os verbos, é o incitamento que mais me preocupa: DECAPITAR – EXTERMINAR – MASSACRAR. E, claro, as mensagens: PREPARA-TE PARA O VERDADEIRO HOLOCAUSTO – A EUROPA TERÁ O SEU 11 DE SETEMBRO - A LIBERDADE QUE VÁ PARA O INFERNO – O ISLÃO DOMINARÁ O MUNDO.
O que será que nos aconteceria se nos manifestássemos em Teerão (e em todo o mundo muçulmano) nestes modos? Pensem nisto porque aqui reside a questão principal. Eles podem cá, nós não podemos lá. (A frase é profundamente etnocêntrica mas não vejo outro modo de dizer exactamente isto).
Como referiu o Ruben Vale Santos no seu Blog O Homem, produto de si próprio «Estas fotos ficam aqui, em homenagem a uma série de pessoas que conheço - e com quem tenho trocado impressões - porque, também eles, entendem que estas movimentações muçulmanas são todas em prol da Paz. Idiotas úteis sempre houve e sempre haverá. O que é que Hitler teria conseguido sem eles? Nada! Rigorosamente nada!».

E digam-me depois se D. José Policarpo tinha ou não razão em alertar as mulheres para o casamento com muçulmanos?