segunda-feira, 11 de maio de 2009

NÁO À TURQUIA NA EUROPA

A Turquia tem, desde o séc. XII/XIII uma cultura oposta à europeia. Com excepção de uma pequena minoria urbana mais esclarecida, a quase totalidade da população turca é inimiga dos valores e das aspirações europeias.
Se queremos um membro que culturalmente não tem nada que o ligue à Europa, antes pelo contrário, então precisamos da Turquia.
Se queremos uma auto-estrada para a droga, uma porta de entrada para o terrorismo e um refúgio para os terroristas, então precisamos da Turquia.
Se não me engano a Turquia passaria a ser o país mais populoso da EU. Imaginem ao que isso corresponderia em termos de equilíbrio de poderes e estabilidade.
Portugal sairia fortemente prejudicado porque com as mudanças do «Tratado de Lisboa» circunscrevendo muitísimo o direito de veto, os países pequenos e médios sairão ainda mais subjugados.
E se entra a Turquia, porque não Israel, que até já participa no concurso da Eurovisão e em alguns campeonatos europeus, como é o caso do de basquetebol? Ou porque não Marrocos ou a Argélia, que estão do lado de lá do Mediterrâneo e têm ligações à cultura europeia?
A Turquia nem sequer fica na Europa (com excepção do pequeno pedaço de Istambul). Se a Turquia entrasse, a Europa passaria a ter fronteira com países como o Iraque, o Irão, a Síria e a Arménia. Queremos estes «vizinhos»? (livra!!!)
Se a Turquia entrasse, herdaríamos no território europeu o problema do Curdistão.
Cavaco fala no assunto para fazer um frete aos americanos, os únicos verdadeiramente interessados na entrada da Turquia na EU.
Por tudo isto (e por muitas outras razões), ao contrário do que diz Cavaco, não precisamos da Turquia na Europa para nada.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vital e Gepetto ou pensemos um pouco…


Que fique bem claro que acho lamentável que alguém seja agredido por que motivo for. Não haja portanto dúvidas sobre isto.
Mas pensemos um pouco. A manifestação era organizada pela CGTP. Que todos sabemos que tendência tem. Era capitaneada por Carvalho da Silva, que todos sabemos o que pensa e como pensa. Congregava milhares de trabalhadores naturalmente descontentes com a situação económica e laboral do país e imputando tendencialmente a culpa ao PS.
Por outro lado, Vital Moreira é candidato pelo PS, grande defensor e branqueador de Sócrates. Logo era bom de ver como os trabalhadores o receberiam. Vital Moreira é também um ex-comunista, e sabemos o que a esquerda PCPista pensa dos ex-comunistas.
Assim sendo, o que foi Vital Moreira fazer à manif? Apagar fogo com gasolina? Não, com gasolina ateia-se o fogo. Vital foi nitidamente para provocar. Aliás, a quem aproveitou toda esta encenação?
Ainda julgarão os maquiavélicos estrategas rosas que todo o país é parvo? O que é preciso é deixar a poeira assentar e pensar pela nossa cabeça.
Já agora, vejam como afinal ao contrário do que dizem não é Vital que é um produto de Sócrates mas sim o Pinóquio que é produto do Gepetto. («Roubado» aqui).

Lixo, corrupção e falta de vergonha


Acabei de ver na TVI uma excelente reportagem sobre o escândalo da Central de Compostagem da Cova da Beira, que quer aquela estação de televisão quer outros órgãos de comunicação já tinham abordado mas, como é óbvio, sem a profundidade e sem a investigação que esta peça hoje revelou.
Foram entrevistadas várias pessoas, algumas com uma notória falta de vergonha como o procurador do MP que negou o pedido da PJ para uma busca à casa de Sócrates. Falta de vergonha revelou também a Procuradoria Geral da República ao responder à questão «Porque é que o processo esteve um ano na secretária de um procurador sem um único acto processual» com um lacónico e absurdo «São questões de processo que só podem ser tratadas internamente». Como se não fossemos nós, sempre nós, a pagar os milhões mal gastos, fora as luvas e outras prebendas. E concerteza teremos ainda que pagar a devolução do dinheiro que Bruxelas já reclama.
Se Portugal fosse de facto o tal «estado de direito» que se apregoa, havia já uma conferência de imprensa a anunciar várias demissões, entre as quais a do pinóquio/lobo mau, disfarçado de capuchinho rosa...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A «mulher de Mário»

Mário «César» Gouveia


Não pensem que o título tem algo a ver com as ditas. Isto é (caramba... por onde me meti...) não falo aqui em nenhuma mulher de nenhum Mário. Este início titubeante quer apenas tornar local um trocadilho universal - À mulher de César não basta ser séria, é preciso parecer séria. E o Mário é, neste caso, o meu Amigo Mário Gouveia.


É que, dadas algumas vicissitudes, tenho andado nas últimas semanas algo arredado das políticas cá do burgo. E, por isso, chego algo atrasado a esta discussão sobre a famosa carta da putativa sucessora de Gouveia em Milheirós.


Por isso mesmo entro nesta troca de impressões com uma questão, muito simples, mas que para mim, que não vi a dita epístola, é fundamental - afinal ela foi ou não escrita em papel timbrado da Junta de Freguesia de Milheirós?


Se não foi, não vejo nada de mal na coisa em si,embora, como não li a carta, não saiba sequer se está bem escrita. (Já agora, Mário, seria muita maçada fazer-me chegar um exemplar?). Se foi escrita em papel timbrado da Junta, aí a porca torce de facto o rabo, pois é bem possível que a freguesia, mesmo tendo em linha de conta a «poupança em tempo e crise» (ironia de MNN), não encare bem o feito.


Voltando ao título deste post, à pessoa em questão não basta ser sério, é preciso parecê-lo. Sobretudo neste mundo em que muitas das vezes as aparências valem mais do que a realidade.

O Centralismo Salazarento no Futebol

Com a aproximação da final da Taça de Portugal, e ainda por cima com dois finalistas do Norte, volta a questionar-se a fórmula de disputa da final daquele troféu. As «vozes do costume», centralistas, bafientas, salazarentas, pré-25 de Abril, por entre rugidos e pios, defendem o Estádio Nacional, vulgo Estádio Municipal de Oeiras, como palco do jogo decisivo. Argumento? Porque é costume. Porque é a capital.
Primeiro, o costume só faz lei na falta de melhor. E lembro-me bem de já por várias vezes a final da taça ter tido outros cenários. Portanto este argumento não colhe. Depois, não é na capital, porque Oeiras não é Lisboa. Vão dizer a Matosinhos ou a Gondomar que são território portuense e verão a resposta que levam. Logo também este argumento cai pela base.
Aliás, porque carga de água só a capital tem direito a «festa»? Ou não dizem que a taça é a «festa do futebol»? Não bastou já que durante 48 anos fosse assim, com um único estádio e praticamente um único clube? Não foi para isso que se deu o 25 de Abril? Não é preocupação do Prof. Cavaco fazer Presidências Abertas, que aliásforam inventadas, creio eu, por Mário Soares, e que o Governo procura também seguir?
Para mim era fácil. Tomava um mapa de Portugal, incluindo Açores e Madeira, claro. Excluía dele o eixo Braga/Guimarães – Porto – Coimbra/Aveiro – Leiria – Lisboa – Setúbal. Fazia um levantamento exaustivo dos recintos de futebol que, no resto do País, tivessem condições de segurança e determinava, quiçá por sorteio, onde seriam as próximas finais. E teríamos certamente para vários anos. E aí sim, todo o País, sobretudo aquele que não está habituado à «alta roda» (alta roda é favor…), poderia beneficiar da «festa do futebol».

domingo, 26 de abril de 2009

És uma besta


Algumas intervenções na blogosfera, pela falta de nível, de categoria, de chá, de educação, de tudo, só merecem que ao seu autor, ou autora, se diga, do mesmo modo que intitulei este post: «és uma besta». Esta intervenção da socrática câncio é uma delas. Mas outra coisa não seria de esperar vindo de quem vem.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Nojento!!!

Que não morram de amores pelo Porto, é lá com eles. Mas Informação, Jornalismo, Profissionalismo, Isenção, Ética, são palavras que não existem n’O Record.
Veja-se a capa de hoje, depois de o Porto ter feito o resultado que fez em Old Trafford.
Mas compara-se a importância desse feito à trampa do Quique Flores, verdadeiro analfabeto futebolístico, ou ao desnorteado acéfalo e esvaziado Benfica, cujos adeptos, órfãos de directores competentes há muitos anos, penosamente vêem arrastar-se os jogadores pelos relvados? É isto objectividade? Isenção? Profissionalimo? É isto sequer Jornalismo? Informação?
Não, é pura e simplesmente nojento…