sábado, 17 de janeiro de 2009

Ferreira Leite, TGV e Comunicação Social

Como vai a miserável comunicação social que temos!!!
Notícia no site da RTP: Líderes de vários partidos espanhóis criticaram hoje os comentários da presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite sobre o TGV, afirmando que o projecto é essencial para as ligações entre Portugal e Espanha e que deve avançar.
Vamos lá a ver, no desenrolar da notícia, quem são os «líderes». Um galego, Anton Louro, deputado do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de que nunca tinha ouvido falar e que não sei que posição ocupa na sua estrutura partidária, que diz que «estes projectos melhoram a mobilidade e a integração hispano-portuguesa".
Outro «líder», Andrés Ayala, porta-voz do PP (nunca vi um porta-voz ser líder de nada, só se for da sua voz) na Comissão de Fomento do parlamento espanhol, que considera o projecto vital para a permeabilidade fronteiriça entre Portugal e Espanha e para canalizar os tráficos não apenas de passageiros mas de mercadorias, visto que afecta também os projectos europeus de conectar Sines e o porto de Algeciras com Paris", frisou.
Outro ainda, Francisco Rodrigues, deputado do Bloco Nacionalista Galego (BNG), repete a estafada estupidez «É um projecto fundamental do ponto de vista económico e do ponto de vista das relações económicas, politicas e sociais entre Portugal e Espanha e, no nosso caso, entre Portugal e a Galiza». Este absurdo, que toda a gente usa, não vem depois sustentado por nada, por nenhum documento, por nenhum estudo. São os pinóquios da nossa política que nos aldrabam constantemente, e nós, os pacóvios, os lorpas, vamos sonhando alegremente com um TGV para todos, ligando até um dia quem sabe todas as sedes de concelho do País.
Meus amigos, isto é um arrazoado de absurdos e uma demonstração de suprema estupidez e parolice.
Vejamos: onde estão, em primeiro lugar, os estudos sérios que provam a viabilidade económica do TGV? Em lado nenhum, porque não existem, nem podem existir, porque o nosso TGV não é viável. E depois, os estudos que nos mostram claramente em que é que nós, os portugueses, os pagantes, os que vão ficar endividados até à próxima meia dúzia de gerações, beneficiamos com o TGV, e qual a sua mais-valia para Portugal? Também em lado nenhum porque não existem benefícios óbvios, para além de um duvidoso ganho de uns quantos minutos.
Vejam os eufemismos da miséria dos políticos espanhóis para nos tentarem convencer: «integração hispano-portuguesa». Integração onde e para quê? E quem quer a integração, além de Saramago, já muito bem «integrado»? E «permeabilidade fronteiriça». Permeabilidade a quê? E a quem? e Como? Tanta baboseira, meu Deus. Tanta estupidez. E a «nossa» RTP dá alarde, e amplifica estas situações que raiam o absurdo, em vez de analisar tecnica e realisticamente o que a Drª. Ferreira Leite (e eu até nem gosto dela) juntamente com cada vez mais portugueses pensa: não temos dinheiro para alimentar o novo-riquismo deste governo com projectos megalómanos, a fazer lembrar os primeiros líderes árabes do petróleo no início dos anos 70 que compravam Mercedes para andar 10 quilómetros, que eram as únicas estradas que possuíam, ou os líderes de certas regiões africanas que compravam um magnífico frigorífico que ficava a fazer de armário porque não tinham electicidade. O frigorífico não funcionava? O Mercedes não saía da garagem? Que importa isso. O importante é o prestígio de ter um frigorífico ou de ter um Mercedes.
Mas a discriminação é tão grande e tão notória que o Dr. Medina Carreira (que muito admiro) vem dizendo isto e muito mais há muito tempo, e é reverenciado. Outra pessoa (porque é líder da oposição) diz o mesmo e sujeita-se a ser trucidada.
Miserável comunicação e miseráveis políticos que temos. Mas como grande parte deles, políticos e jornalistas, são de aviário, estamos sujeitos a esta constante gripe das aves…

1 comentário:

  1. Caro blogger: o país está anestesiado ... ou extasiado pela mediocridade. Só assim se explica que possamos ter chegado a este ponto ...

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